Apesar das apostas serem proibidas para menores de 18 anos, isso não impede que os adolescentes tenham contato precoce com os jogos, seja por meio de amigos, influenciadores digitais ou anúncios. Por isso, prevenir a ludopatia desde cedo se torna fundamental para evitar que os jovens desenvolvam a compulsão após atingirem a maioridade.

A facilidade de acesso à internet e a divulgação de propagandas que não seguem o Jogo Responsável são as principais responsáveis por estimular esse interesse. É preciso incentivar o senso crítico, a educação financeira e falar sobre atividades de risco ainda na infância ou na adolescência. 

E o melhor lugar para trabalhar isso é no ambiente escolar, através dos professores. Neste artigo, vamos detalhar o que os educadores podem fazer para proteção dos jovens contra a ludopatia no futuro e o quão importante é realizar esse papel dentro das escolas.

Por que jovens podem ser atraídos pelas bets?

Existem uma série de fatores que podem fazer com que os jovens comecem a ter interesse pelo mundo das apostas. Mas um dos principais pontos para desenvolver o estímulo inicial é a imaturidade que eles possuem, sendo a biológica e também a emocional. 

A partir dessa imaturidade, fica mais fácil dos jovens serem instigados por meio da pressão social. Isso pode acontecer através de amigos, influenciadores digitais e até influência familiar. E mesmo com os avisos da classificação etária de uma publicidade divulgada, ainda assim eles são expostos.

Além disso, também tem a relação direta com o futebol, que mexe com a emoção, o vínculo e a paixão, principalmente dos meninos. Dentro do esporte, os jovens estão suscetíveis às propagandas de bets nas transmissões e nos uniformes dos times de coração e dos rivais.

O que escolas podem fazer para prevenir a ludopatia?

A escola é um espaço que tem como principal objetivo a formação do jovem como cidadão, desenvolvendo o pensamento crítico, o autoconhecimento, autonomia, o comportamento social e a capacidade de fazer escolhas responsáveis. Na prática, a educação ajuda a moldar o senso de cada pessoa sobre princípios como certo e errado.

Por conta disso, é natural que ocorram debates nas salas de aulas sobre temas que envolvem riscos, como drogas, bullying, sexualidade e outros. Isso permite que os jovens compreendam cada situação, evitem os perigos e busquem ajuda quando necessário.

A formação é responsável direta por influenciar na prevenção e conscientização de vários problemas da sociedade, como é o caso do vício em apostas. Por isso, assim como os demais assuntos, prevenir a ludopatia também precisa ser pauta no ambiente escolar com ações pedagógicas.

Dessa forma, é possível tornar o jovem mais consciente, crítico e pronto para encarar os estímulos fora do colégio. Além disso, o fato da escola ser o lugar onde os jovens passam a maior parte do seu tempo faz com que a sua ação preventiva seja ainda mais necessária.

Como professores podem prevenir a ludopatia na prática?

Tendo em vista a importância da escola para prevenir a ludopatia e conscientizar os jovens, o responsável por mediar esse debate será o professor. E para fazer isso não é necessário ser especialista no tema, basta saber como inseri-lo nos materiais pedagógicos.

Existem diversas disciplinas escolares que podem relacionar seus conteúdos com apostas e prevenir a ludopatia, como as probabilidades em matemática; o impacto social e o consumismo em sociologia; e a interpretação de textos sobre o tema em português. Também é possível promover rodas de conversa sobre o vício e estimular a leitura de reportagens e artigos.

Além disso, os professores podem criar projetos interdisciplinares envolvendo o tema e mostrar a importância que práticas saudáveis têm, como os exercícios físicos incentivados nas aulas de educação física. Os educadores ainda podem abordar assuntos pouco falados e de grande relevância, como a educação financeira.

Mas esse trabalho precisa ser feito em conjunto com a escola, por meio de apoio institucional, espaço para formação continuada e diálogo com os familiares do estudante.

Saiba qual papel da família no trabalho de prevenir a ludopatia

Todo o processo de prevenir a ludopatia no meio educacional conta com a participação ativa da família para seu sucesso. A colaboração e presença dos familiares o ajudará a ter maior entendimento sobre os riscos da compulsão e a identificar sinais de alerta e reforçar em casa os valores trabalhados na escola.

Você saber evitar a compulsão ou a lidar com um jogador em risco desde cedo fará com que as ações preventivas da família, seja o pai, a mãe, os avós, os tios ou até os irmãos tenham mais eficiência. E, caso já estejam convivendo com alguém que esteja viciado em apostas, poderão oferecer apoio emocional de forma mais eficiente.

Também é importante que familiares compreendam que o vício em apostas não é uma falha de caráter, mas um transtorno mental. Quanto antes for falado sobre isso com os jovens, maior a chance de evitar o adoecimento no futuro.

Por último, a família ainda possui um papel fundamental na formação do jovem e costumam servir como exemplo. Por isso, o primeiro passo para não incentivar comportamentos compulsivos é ser uma pessoa que não os pratica.

Como o IAA pode ajudar a prevenir a ludopatia?

Além de acolher jogadores compulsivos e oferecer apoio para quem mais precisa, o Instituto de Apoio ao Apostador também desenvolve ações educativas voltadas para prevenir a ludopatia. Isso é feito através de materiais educativos disponibilizados gratuitamente no blog e também nas redes sociais.

Além disso, o IAA também ajuda a prevenir a ludopatia por meio de campanhas de conscientização, palestras ou workshops. Dessa forma, a entidade garante o foco em evitar o vício em apostas antes que ele se manifeste.

Para o caso de professores, gestores escolares, diretores e familiares de jovens ou de quem aposta compulsivamente, saiba que o IAA terá prazer em oferecer apoio. Seja com atendimento, orientação ou a contratação de serviços, reforçamos que você não está sozinho nessa jornada.

Acesse nosso site e conheça os materiais disponíveis para educadores e familiares, além das nossas parcerias estratégicas sobre ludopatia.